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Foto do escritorAline Dias

Juliana Estradioto vence em maior feira de ciências do mundo e será nome de asteroide

Embora o nosso país esteja passando por dias nada agradáveis, principalmente na educação, ainda podemos conhecer histórias incríveis que foram proporcionadas justamente por conta dessa ferramenta transformadora. Como é o caso da Juliana Estradioto, estudante do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), de 18 anos, que venceu em primeiro lugar a categoria de Ciências Materiais na International Science and Engineering Fair (Isef), a maior feira de ciências do mundo.


Por conta desse prêmio, Juliana dará nome a um asteroide! Essa oportunidade é dada a todos os vencedores de primeiro e segundo lugar nas diversas categorias.


A feira, que foi realizada em Phoenix, Arizona - EUA, teve a participação de 1,8 mil estudantes de ensino médio de 80 países. Juliana venceu com uma pesquisa que elaborou ainda quando fazia um curso técnico de Administração, integrado ao Ensino Médio do IFRS, sobre o aproveitamento da casca da noz macadâmia para confeccionar uma membrana biodegradável, que pode ser utilizada em curativos de pele ou em embalagens, substituindo o material sintético. Além de contribuir com a sustentabilidade, o material é mais econômico.


Em entrevista, a estudante diz: "Muito inacreditável. Parece mentira, nunca pude imaginar que ia conseguir primeiro lugar nesta premiação. Fico muito realizada em representar como investir nos jovens é importante. Quanto ao asteroide, é muito impactante. Quando eles anunciam a premiação, eles mostram um vídeo com cientistas importantes que deram seus nomes a asteroides".


Juliana indicando seu nome. Foto de arquivo pessoal.

Ela também acrescenta que já tinha participado da feira outras vezes e que é um marco poder estar lá. "Ter participado da pesquisa no ensino básico mudou minha vida. Um dos meus sonhos é que todos os jovens possam ter esse tipo de contato com a pesquisa", destaca Juliana, que acredita que a educação e a ciência são transformadoras.


Juliana chegou ao evento nos Estados Unidos após participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em março deste ano, na Universidade de São Paulo (USP). Nessa ocasião, o projeto da estudante conquistou o 1º lugar em Ciências Agrárias, o 2° lugar no Prêmio Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e o Prêmio Destaque Unidades da Federação, como o melhor trabalho do estado.


No ano passado, ela também foi premiada como Jovem Cientista, na categoria Ensino Médio, com o projeto chamado "Desenvolvimento de um filme plástico biodegradável a partir do resíduo agroindustrial do maracujá", que também foi desenvolvido no IFRS.


Histórias como essa só comprovam o quão importante é o investimento na educação para todas as pessoas. E o meu desejo é que isso seja visto não apenas pelos cientistas ou algum outro grupo seleto, mas também pela sociedade inteira. E, principalmente, pelos nossos governantes.

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